Depois de muito ler e me decepcionar com a minha mais nova leitura, deixei-a de lado, abri um livro antigo, empoeirado, e me descubro deliciosamente surpresa ante a possibilidade de relê-lo.
Mais madura e pronta para entender o que aquela literatura poderia me oferecer, me debruço sobre ele. Aprecio a capa, tento interpretar aquela imgem selvagem e que me fora por tanto tempo incompreensível. Vou para a última página, lembro claramente das linhas finais: duras, claras, objetivas.
Fico surpresa, os mesmos sentimentos retornaram. Me sinto novamente confusa e devastada. Não entendi, tanto naquela época, como na atual, o que as palavras impressas na folha amarelada querem dizer.
Em dúvida, me questiono se vale a pena a releitura e trilhar novamente aqueles caminhos tortuosos.
Volto ao início de tudo, devo tornar a ler o livro recentemente abandonado ou devo me concentrar no meu antigo tesouro. Fica o questionamento: embora o primeiro tenha sido decepcionante o segundo não foi diferente, não houve happy end em nenhum dos dois.
Trata-se, na verdade, de decidir se devemos revirar o baú de relacionamentos antigos, em busca de emoções conhecidas, ou se devemos dar mais uma chance para o relacionamento atual que, por algum motivo não deu certo.
Esse é um dilema enfrentado por homens e mulheres solitários todos os dias. Essa é uma resposta que está longe de ser obtida, drama a ser encenado ainda por muito tempo.
Essa que vos escreve não deixou de considerar uma terceira possibilidade: encontrar um livro novo e saborear o desconhecido.
Mas, ainda assim, persiste a indecisão.
O melhor, talvez, seja não se decidir, deixar que a poeira de horas, dias ou até mesmo meses, se depositem sobre esses objetos, deixar ao acaso a escolha por um deles.
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