terça-feira, 29 de agosto de 2017

Veredas

Antes que tudo fosse nada,
Tudo foi nós: nó.
Agora,
barco vazio.
Ontem,
baile de carnaval.
Amanhã,
poeira do deserto.
Perdidos nas gotas do esquecimento,
ausentes do que poderíamos ter sido,
nódoas do tempo
entalhadas nos fragmentos de vida.
Folhas voando sem destino,
metamorfozeados na esperança.
Seguimos...
Enquadrados numa aquarela,
apagados pela liquidez do tempo,
chegamos ao fim,
que antes foi começo,

que agora é término.

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